Eles são jovens, entre 17 e 20 anos, estudantes e atletas de polo aquático da ABDA. Em comum, além do sonho de disputar uma Olimpíada, todos iniciaram sua vida de competições no HaBaWaBa Itália, o mais importante festival infantil de polo aquático do mundo, e chegaram a várias convocações para compor a Seleção Brasileira, conquistando títulos, sem deixar de lado o foco nos estudos.
Alguns dos nossos personagens não são mais atletas e hoje seguem em busca de seus sonhos na vida profissional. Mas, levam consigo os lemas da ABDA (humildade, persistência e fé) e os princípios que conheceram em seu primeiro festival de polo aquático, com experiências ímpares em uma viagem ao exterior que, para muitos deles, seria algo impensável. Sabendo da importância desse alicerce, a ABDA envia todos os anos, desde 2011, seus pequenos atletas para participarem do festival na Europa.
Thiago Weslley dos Santos Ferreira, Italo José Vizacre, Felipe Henrique Gomes Lacerda, Eduardo Cintra de Paula, João Carlos de Matos, Letícia Gomes dos Santos Belorio, Kemily Ferreira Leão, Ana Júlia Ferreira Batista, Luan Silva Barbieri e João Vitor Freitas da Silva são apenas alguns dos atletas que a ABDA e o HaBaWaBa fizeram despontar no polo aquático, com uma carreira de vitórias.
Hoje, além de terem chegado à Seleção Brasileira, eles compõem as equipes sub-18, sub-20 e adulta de polo aquático da ABDA, servindo de inspiração para as crianças dos times de base. Esses atletas e ex-atletas estarão no HaBaWaBa Brasil para trocar experiências com as crianças das equipes sub-13. Durante encontro recente na Arena ABDA, eles relembraram histórias de suas viagens à Itália, falaram das conquistas no esporte e sonhos almejados.
Em pé: Letícia Belório, Felipe Lacerda, Luan Barbieri, João Carlos, Eduardo Cintra; embaixo: Thiago Wesley, João Vitor, Italo Vizacre e Kemily Leão
Thiago Weslley, 20 anos, entrou na ABDA aos 10 e, no ano seguinte, participou do HaBaWaBa Itália. Ele fala com orgulho das quatro convocações para a Seleção Brasileira que tem no currículo e tudo o que conquistou até aqui. “Fui duas vezes campeão sul-americano, vice pan-americano e joguei um Mundial. Minhas maiores conquistas foram ter ido para Seleção e entrar na faculdade”, conta o atleta que faz parte do programa de bolsas de estudo da ABDA. “Meu maior sonho é me formar em Gastronomia e um dia trabalhar em algum país lá fora”, planeja.
Para Thiago, ter participado do HaBaWaBa Internacional Festival com tão pouca idade contribuiu para as conquistas no polo aquático. “O festival é um campeonato que incentiva você a acreditar no esporte em que joga e dali surgem iniciativas de outras conquistas”, resume.
O atacante Italo Vizacre, 20 anos, também entrou na ABDA aos 10 anos e, nessa idade, já foi para a Itália participar do HaBaWaBa. Entre os títulos do atleta, que paralelamente ao esporte conquistou uma bolsa de estudos na ABDA e cursa faculdade de Engenharia Civil, estão um pan-americano e sul-americano. Italo já foi convocado sete vezes para compor a Seleção Brasileira, tendo disputado até um Mundial.
“Participar do HaBaWaBa é importante, pois aumenta suas expectativas vendo a quantidade de países que jogam, criando maior interesse pelo esporte”, explica Italo que, além de projetar a carreira como engenheiro, sonha em jogar uma Olimpíada.
Outro que sonha com as Olimpíadas é Felipe Henrique Gomes Lacerda que aos 18 anos joga em três categorias nas posições de atacante, marcador e armador. O atleta também começou sua carreira no polo aquático aos 10 anos, participando aos 11 do HaBaWaBa Itália.
Entre suas principais conquistas no polo, estão quatro pré-convocações e três convocações para a Seleção Brasileira, que resultaram em dois títulos de campeão sul-americano e um vice-campeonato pan-americano. “A minha ida quando criança ao HaBaWaBa contribuiu para que eu tivesse essas conquistas, ao acender um sonho e me mostrar o caminho”, comenta o atleta que, sem abandonar o esporte, pretende cursar faculdade de Educação Física.
Atletas Felipe Lacerda e Thiago Wesley
Eduardo Cintra de Paula, 17 anos, conhece tudo quando o assunto é HaBaWaBa Itália. Afinal, o atleta que treina na ABDA desde os 7 anos já esteve em três edições do festival. “A primeira vez que fui eu tinha 9 anos. Depois fui mais duas vezes”, relembra.
Focado no esporte após tantas idas ao evento de base, Duzinho como é conhecido na ABDA, já foi convocado três vezes para a Seleção Brasileira. “Fui duas vezes campeão sul-americano e vice-campeão pan-americano”, conta o atleta que hoje joga nas categorias sub-18, sub-20 e adulto. “Meu maior sonho no esporte é ganhar um Mundial de polo aquático”, revela o atleta que também pretende cursar Fisioterapia ou Nutrição.
Outro atleta que já bateu carteirinha no HaBaWaBa Itália é João Carlos de Matos ou Panda, como é carinhosamente chamado na ABDA. Ele tem 18 anos, entrou na associação com 8 e aos 10 foi para a Itália, no festival. Se destacou tanto que acabou repetindo a participação no ano seguinte.
O atleta seguiu se destacando no polo aquático e já teve cinco convocações para a Seleção Brasileira. “Fui três vezes campeão sul-americano, vice pan-americano, participei de um Mundial e fiz 123 gols no Campeonato Paulista sub-13”, enumera o atleta, ao falar sobre suas principais conquistas no polo aquático.
Outra conquista foi a bolsa de estudos da ABDA. O atleta está cursando Educação Física. Assim como os demais colegas, Panda segue na vida estudantil, enquanto treina e sonha em participar de uma Olimpíada.
No time feminino da ABDA, também figuram grandes atletas que iniciaram a carreira indo para o festival na Itália. Entre elas, está a ala Letícia Gomes dos Santos Belório, 19 anos. A atleta começou a jogar polo aquático com 10 anos e, aos 11, embarcou rumo à Itália para participar do festival. De lá para cá, com dedicação, se destacou no esporte e, desde 2015, já foi convocada diversas vezes para compor a Seleção Brasileira.
Modesta, Letícia Belório evita focar nas medalhas aos falar de suas conquistas e enfatiza sua formação como cidadã. “Minhas principais conquistas são ter ganhado bolsa para faculdade, viajado para fora do Brasil, ter meu próprio dinheiro”, afirma a estudante de Educação Física ao falar que o HaBaWaBa a incentivou a continuar no esporte.
O maior sonho da atleta também é disputar uma Olimpíada e quem sabe acrescentar mais um título a suas conquistas. “No polo, fui quatro vezes campeã sul-americana, participei de cinco pan-americanos, conquistando duas pratas, dois bronzes e um quarto lugar, joguei dois Mundiais e participei de uma Copa Uana”, conta a atleta.
A atacante Kemily Ferreira Leão, 20 anos, entrou aos 11 na ABDA e com essa idade já foi para a Itália. Empolgada com essa oportunidade, a atleta focou nos treinos, evoluiu constantemente e chegou a 11 convocações para a Seleção Brasileira. “Conquistei medalhas de prata no Pan-Americano Sub-18 e no Pan-Americano Sub-19. Meu sonho agora é participar das Olimpíadas”, conta a atleta do time sub-20 e adulto da ABDA que conquistou bolsa de estudos e cursa Engenharia de Produção.
A marcadora Ana Júlia Ferreira Batista, 18 anos, entrou na ABDA aos 9 e foi para Itália aos 10 anos. Ela conta que a oportunidade de viajar para o exterior para jogar polo aquático com crianças de diversos países e de diversos níveis a instigou a querer cada vez mais ter essas experiências na vida. “Ter participado do HaBaWaBa ajudou a querer me esforçar cada vez mais para conquistar mais coisas boas”, afirma ao relembrar os títulos de tricampeã sul-americana, duas vezes vice-campeã pan-americana e campeã adulta da Copa São Paulo.
A atleta segue firme na rotina de treinamentos e competições, sem deixar de lado a educação. Conquistou bolsa de estudos na ABDA e cursa Biomedicina. “Eu fui convocada ao todo seis vezes para a Seleção Brasileira. A primeira vez, eu tinha 14 anos”, relembra Ana Júlia. “Meu maior sonho é poder fazer a diferença na vida do máximo de pessoas que eu puder, igual a ABDA faz na minha”, afirma.
E a disciplina do esporte faz toda a diferença até na vida dos ex-atletas de polo aquático da ABDA. Luan Silva Barbieri e João Vitor Freitas da Silva são dois exemplos dos caminhos que o esporte pode trilhar na vida dos jovens.
O goleiro Luan Silva Barbieri, 19 anos, não joga mais polo aquático competitivamente, mas está sempre na ABDA revendo os amigos e treinando junto para relembrar os tempos de atleta. Luan hoje é aluno da Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB), tendo sido aprovado em 11º lugar no concurso em que participaram cerca de 17 mil candidatos, em 2019.
Ele lembra com carinho da ida ao HaBaWaBa Itália. “Eu tinha entrado com 10 anos na ABDA. Com seis meses de polo aquático já estava embarcando para a Itália”, relembra. “Essa viagem contribui muito porque conta como incentivo para o jovem que está começando. É uma experiência incomparável”, conta o atleta que, entre outras conquistas, foi vice-campeão pan-americano e campeão sul-americano. “Tive quatro convocações para a Seleção Brasileira, sendo dois sul-americanos e dois pan-americanos. Hoje meu maior sonho é me formar no Barro Branco, trabalhar dando o meu melhor na PM e futuramente chegar a pilotar o helicóptero Águia”, resume.
João Vitor Freitas da Silva, 20 anos, também não joga mais polo aquático, mas lembra com alegria dos anos que dedicou ao esporte. “Entrei na ABDA com 10 anos e fui para o HaBaWaBa Itália aos 11. Aprendi bastante jogando com outras pessoas mais experientes e também me deu mais incentivo e vontade de continuar após ver como o esporte é fantástico. Me ajudou a querer a continuar e ter várias conquistas”, afirma o hoje estudante de Veterinária.
João foi convocado apenas uma vez para compor a Seleção Brasileira, mas dessa convocação resultou um título de campeão sul-americano. “Outra grande conquista foi quando fui campeão brasileiro. Meu maior sonho agora é me formar na área que eu escolhi e ser bem-sucedido, trabalhar para me sentir realizado e assim poder formar uma família”, planeja o universitário.
Quando crianças, treinando na ABDA e tendo a oportunidade de participar do HaBaWaBa, eles nem imaginavam que, com a dedicação e a disciplina do esporte, poderiam chegar tão longe. As maiores conquistas desses atletas não são medalhas, títulos e convocações, mas a evolução como cidadãos, a formação educacional e profissional que levarão para toda a vida.
Fotos: Wilian Olivato e Arquivo ABDA
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